Certas coisas cá entre nozes, estão além das palavras. Bem vindo!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ao suposto estranho




Eu ouviria do modo oco como estava Johnny Cash pelo resto da tarde, mas não posso. Não posso porque o mundo continua em seu ritmo uniformemente capitalizado, e não devo.
Mas pelo menos nesse instante gostaria de te dizer: Que você é o garoto que olhamos na partida do trem na estação e sentimos vontade de partir pra qualquer lugar, quem sabe Shangrilá, mas com ele, você é aquele corredor de passos compassados, que está prestes a vencer a corrida mas eu não poderei vê- lo ganhar o troféu.
Seus olhos mirando o que pouco sei, era a cor que faltava em meus pincéis subconscientes, prestes a cair em uma paixão surrealista, mas não era surrealismo a definição. Porque você era real, na minha frente: eu, você, e por acaso... nós?
Com minhas histórias desastradas, às avessas, mas intensas e verdadeiras de modo que ou há paixão ou não há, nada morno. Mesmo desconfiando dessas tais mágicas, lantejoulas, e neon que tanto falam, foi de harmonia te ver permanecido ali, olhando, e foi de luz ver que seus olhos encontraram os meus até no escuro.
Foi de paz, meu querido desconhecido.
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