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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quando o circo pegou fogo


Fiquei sabendo que seu circo pegou fogo. Suas encenações não convencem o bastante e você perdeu o público. Muito mais que o público, perdeu a quem te admirava.
Bem se sabe que no início do show toda aquela euforia, fantasia, convida tanto, mas com falta de dedicação todos seus atos se tornam uma palhaçada.
É caro participar dessas suas histórias contracenadas e ainda me sinto por vezes desfalcada, como se houvesse sido uma perca de tempo.
Você com sua pose natural, e eu com a minha de gladiadora, emocional e lutadora. Sua tranqüilidade era tanta que se esqueceu de lembrar que não se controla o tempo. E eu combatendo acirradamente os segundos para guardar o que havia de bom e puro, me fez cansar demais.
Aplaudi por amor, e chorei como Pierrot. Depois da negligência, o circo acabou, e nem sei que rumo tomou.
Apenas sei que é frio o que sobrou do calor de nossa companhia, e é falta o que preenchia meus dias de histórias.
O circo pegou fogo, e mesmo como fã decepcionada fiquei até o final, até ver as cinzas. Só para crer. E o vento sopra, leva cada cinza do que era nosso e se perde por aí.
Até que talvez um dia esse cinza seja a cor que falta em um sorriso no palco, e traga vida ao que hoje está escasso.

3 comentários:

  1. Olá Jamila!
    Ser absoluto, poderoso, independente, inflexível, perfeito, completo. Nada mais que o momento supremo do desenvolvimento da ideia, segundo Hegel. Princípio da existência individual ou empírica, o absoluto existe? Toda verdade é absoluta? Os que acreditam afirmam que o absoluto é absoluto. Para quem nega, não passa de consequência da imaginação literária ou poética.

    Absoluto é o momento presente, a vida que segue adiante, os sentimentos que fervilham em nosso interior, a intuição que flui. Melhor não desvendar o enigma do absoluto, deixar a experiência sedimentar, esquecer as antinomias insolúveis, as contradições em que a razão pura se envolve e navegar pelos mares do imaginário em busca de uma ilha encantada.

    Adorei seu blog e estou lhe seguindo.

    Se puder, dê uma passadinha em meu blog para ler a série que comecei a postar hoje, com o título: "O Dia em que Gravei o Jornal Nacional".

    Beijos,

    Edward de Souza

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  2. Ual! Jamile, seu texto acaba de entrar pra coleção dos melhores que já li de todos os blogs que sigo, sem exageros! Rico nas expressões com que foi construído às emoções que nos faz sentir! Parabéns moça, continue assim!:)

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  3. Ah, guria. Que texto forte, hein? Mexeu comigo. Sabe o que consegui refletir, ao final? Se era palhaço, mereceu o circo decaído. Foi a conseqüência, infelizmente.
    Beijo, guria!

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