Certas coisas cá entre nozes, estão além das palavras. Bem vindo!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

De passagem



Luneta para avistar e entender o mundo. Olhando do observatório seria mais fácil compreender a felicidade, menos riscos correria ao estudá-la e observá-la.
Padrões, estatísticas, crente de que sabia o que a compunha saio para vivê-la.
Puro engano.
Observei tantos sorrisos, tentando me encaixar em suas alegrias, sofri, ainda não havia percebido que felicidade difere de cada um.
Vem no despreparo, quando já se deixou fazer o melhor de si, ela chega como força não como sustento.
Visita vez ou outra, e nos traz fé, esperança, e parte novamente.
Volto ao observatório, a análise não é a mesma, contrario minha tese inicial, e afirmo que sem riscos não há resultado.
Alguns oferecem o que podem, e o impossível para consegui-la denovo. Trapaceiam, mas então chega a felicidade calejada, e na maioria das vezes não fica muito tempo.
Saio da minha posição de observadora e apenas caminho, a felicidade vem nos mais singelos e quase imperceptíveis momentos, se achega e marca.
Já é hora de ir, despeço, machuca saber que ainda haverão de ter noites perdidas, dias longos e vazios, e então lembro dos sorrisos compartilhados, do que me acolhe. Sempre há os vestígios, um rosto, um retrato, um abraço.
A felicidade não pertence a ninguém, mas ela chega sem horário e naquelas portas que estão abertas.

2 comentários:

  1. "Visita vez ou outra, e nos traz fé, esperança, e parte novamente."
    Eu concordo.
    A vida é um constante sobe e desce, machuca, dói, deixa marcas. Mas é necessário passar por ela né...
    :] Lindo texto.
    Beijos.

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